domingo, 27 de junho de 2010

Sem conhecer, como eu também
Tuas palavras guardavam profundidade
Da cor cálida de sua pele lisa
Da paixão vermelha que me rasga
Na leveza da sua silhueta que me fende
Sem crimes nem arrependimentos
Você deixa suas marcas em mim


Assim continuo marcado
Pelas marcas do seu corpo no meu
Pelo som das suas risadas lépidas
Nessa alegria que sou em você
Em suas coxas e curvas
Marcas doces de corações marcados
Teus carinhos, enfim


Encantado na sua graça estou
Marcaste rápido o que sou
Que errava por sombras de bosques
Entre troncos retorcidos
Nasceu entre musgos e pedras
Ansiosa e teimosa
Uma marca, uma flor

entardecer, 27 de Junho de 2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Vira-lata

Ando de um bar a outro
Da noite para o dia
Da vida para o sonho
Atravesso avenidas
Como aquele vira-lata perdido
Que tão perto de mim passa
Mas estou longe demais para ouvir
Perto demais de parar
No meio da rua, na mesa deste bar
Ele segue sem destino
Atrás de migalhas
E eu olho seu caminho
Tentando encontrar o meu
Tão frágil como aquele cão
Que continua seu caminho
Atrás de migalhas

bardo

terça-feira, 1 de junho de 2010

Depressão

Hoje me deste facadas
Sangrei em lágrimas
Hoje doeu mais
Evoluíste, como eu
Hoje sinto medo
Maldita insegurança
Hoje olhaste nos meus olhos
Senti teu sopro frio
Mas jamais irás vencer
Não me rendo
Nem que me arraste
Ao vale profundo
Nem que me leve
Às suas entranhas
Deixo-me esfriar
Endureço como gelo
Tu és fria, sou mais frio
Zero absoluto
Tu sabes do meu medo
Mas conheço tua fraqueza
O tempo