Novamente Levantam-se as bandeiras Todos os avisos Estavam por aí Todos eu li Senti, e sinto Toda essa insuficiência Essa incapacidade Esse vazio Do porvir
Onde escondo Não meu sorriso Minha poesia e piadas
Meu altruísmo idealista
Onde escondo Não minha foto de porta retrato Minhas lágrimas sensíveis Meus sonhos impossíveis
Onde escondo Não minha vontade de viver Cantar a vida em gargalhadas Minha tranquilidade e risadas
Onde escondo Não minha máscara maquiada Minha generosidade explícita Minha roupa amassada
Onde escondo Essa sombra em mim Esse grito ensurdecedor Dor que arde julgando O vômito e o mau cheiro Essa desilusão contagiante
Onde escondo A descrença e mau-humor A impaciência passiva Essa rotina amotinada desregrada, desregulada
Onde posso esconder Esse perdedor em mim O desistente O pessimista O artista mentiroso
Onde escondo Minha monstruosidade Essa falta de vontade Os saltos no abismo O abismo Consciência de sadismo Desejo de suicídio
Onde posso me esconder
Para ser eu Quando quero E não quando me olhas
bardo, 24/10/2008
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Como da janela Observo e observo Paisagens semelhantes Tudo tão semelhante Eu sempre aqui A observar Aos poucos desaparecendo Como tantos Que desaparecem na vida Pois já não servem à ela As peças já não se encaixam E nem os pombos desejam mais voar