quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Marcado

Sem conhecer, como eu também
Tuas palavras guardavam profundidade
Da cor cálida de sua pele lisa
Da paixão vermelha que me rasga
Na leveza da sua silhueta que me fende
Sem crimes nem arrependimentos
Você deixa suas marcas em mim

Assim continuo marcado
Pelas marcas do seu corpo no meu
Pelo som das suas risadas lépidas
Nessa alegria que sou em você
Em suas coxas e curvas
Marcas doces de corações marcados
Teus carinhos, enfim

Encantado na sua graça estou
Marcaste rápido o que sou
Que errava por sombras de bosques
Entre troncos retorcidos
Nasceu entre musgos e pedras
Ansiosa e teimosa
Uma marca, uma flor

entardecer, 27 de Junho de 2010

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Etéreo

Torno-me lentamente uma memória
É próprio das memórias
Desaparecer com o tempo
Assim transformo-me em vento
Uma lembrança, uma brisa
Cada vez mais etéreo
Desaparecendo das lembranças
Das pessoas que se afastam
Como quaisquer fantasmas
Que pelo mundo vagam

bardo - amanhecer 03/11/2009