terça-feira, 20 de setembro de 2011

Gente desprezível


Faria bem alguém que
Mostrasse que há cadeiras de madeira
E não apenas sofás
Que fuma-se fumo de corda e cigarros baratos
E não apenas as marcas conhecidas
Por você
Que é possível ir a quase qualquer lugar
De ônibus urbano ou intermunicipal, interestadual
E não apenas de aviões e carros com ar condicionado
Que come-se o que se tem, o que se pode
E que há sabor
E não apenas refeições com entradas e saídas
Feitas por pessoas brancas
Que sente-se dor e não há remédio
Apenas filas de dor

Faria bem a você depois de viver onde não vive
Saber ainda que há pessoas que nem isso tem
Faria bem a você
Mas não a eles

Ricardo - Manhã, 20 de Setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

Alguma poesia


Já me basta uma poesia
Jamais realizaria tua fantasia
Ilusões me entorpecem demais
E talvez as suas sejam mais
Sinto só a música, este embalo
E me vou princesa
Meu beijo seria rude, incerteza
Já sinto tua falta na mesa
Aquelas ilusões que ouvia dos teus lábios
Mágica de ventos que se vão
Maldita consciência, maldito pelo meu coração
Sempre os mesmos “sonhos de uma noite de Verão”

Ricardo