São apenas erros
É o que nós somos
Continuidade do perdido
Esquecidos já não somos
Nosso mundo faz sentido?
Por momentos sinto-me autômato
Pura mentira da auto-suficiência
Minto as recíprocas
Coisas que não invento
Conta-me alguém
Para onde sopra o vento
Calunio-me no desprezo
Eu sinto, finjo que não
Apenas finjo, ninguém mais
Apenas o mundo, desencanto
Onde (e quando) compadeço?
Sou apenas um fim
Jamais serei um começo
quarta-feira, 19 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Yssoê
Quão doce arde meu peito
Da lembrança de você
Seu sorriso e pele perfeitos
Ardor daqueles
Que não se dá jeito
É madrugada e sufoca
Pela manhã é saudade
Na tarde ansiedade
Amor que não tem volta
Aproxima-se a vontade
Das suas mãos nas minhas
Sua cabeça como encaixe
Em meus braços, teus abraços
Vem os sonhos que não rejeito
Sonhos deliciosos
Há você, e isso basta
Nada mais importa
Ah Yssoê, você é uma graça
Meu peito que arde
Nem disfarça
Espera(espero) você ansioso
Para deitar-me então
Em tua alma
Que brilha um brilho só teu
Brilho que me encanta
Enfeitiça
Já não é meu
Toma é seu
meu coração
bardo – madrugada 17 de Maio de 2010
Da lembrança de você
Seu sorriso e pele perfeitos
Ardor daqueles
Que não se dá jeito
É madrugada e sufoca
Pela manhã é saudade
Na tarde ansiedade
Amor que não tem volta
Aproxima-se a vontade
Das suas mãos nas minhas
Sua cabeça como encaixe
Em meus braços, teus abraços
Vem os sonhos que não rejeito
Sonhos deliciosos
Há você, e isso basta
Nada mais importa
Ah Yssoê, você é uma graça
Meu peito que arde
Nem disfarça
Espera(espero) você ansioso
Para deitar-me então
Em tua alma
Que brilha um brilho só teu
Brilho que me encanta
Enfeitiça
Já não é meu
Toma é seu
meu coração
bardo – madrugada 17 de Maio de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
Alucinados
Continuavam sem destino
Apressados se esgueirando
Entre postes e as pontas
Sempre, sempre em movimento
Cuspiam a poeira
Pelo atrito gerada
Do corpo com o vazio
Da velocidade com o imóvel
Os espaços vazios, contorcidos
Assustados e em silêncio
Curvavam-se em desespero
Diante dos corpos desconhecidos
Os parados que ali estavam
Eram poucos embasbacados
Alienígenas de outro tempo
Nada sentiam, pouco notavam
As paredes imundas à volta
Ninguém as via, será existiam?
O que importava
Nada percebiam
Alucinados em seus mundos
Mundos imaginários
De importância máxima
E realidade mínima
Roteiros dos próprios filmes
Cenários, figurino, coadjuvantes
Protagonistas do vazio
Das próprias vidas
Passageiros
Vai e vem, volta e revolta
Utopias vazias
Azia
Alucinados pelo fim
Sem meios, nem freios
Velocidade, velocidade
O tempo corre, atendendo a pedidos
Amor perfeito
Viagem Paris
Fast Food enobrecido
Fim sem sentido
Apressados se esgueirando
Entre postes e as pontas
Sempre, sempre em movimento
Cuspiam a poeira
Pelo atrito gerada
Do corpo com o vazio
Da velocidade com o imóvel
Os espaços vazios, contorcidos
Assustados e em silêncio
Curvavam-se em desespero
Diante dos corpos desconhecidos
Os parados que ali estavam
Eram poucos embasbacados
Alienígenas de outro tempo
Nada sentiam, pouco notavam
As paredes imundas à volta
Ninguém as via, será existiam?
O que importava
Nada percebiam
Alucinados em seus mundos
Mundos imaginários
De importância máxima
E realidade mínima
Roteiros dos próprios filmes
Cenários, figurino, coadjuvantes
Protagonistas do vazio
Das próprias vidas
Passageiros
Vai e vem, volta e revolta
Utopias vazias
Azia
Alucinados pelo fim
Sem meios, nem freios
Velocidade, velocidade
O tempo corre, atendendo a pedidos
Amor perfeito
Viagem Paris
Fast Food enobrecido
Fim sem sentido
Abandono
Senti teus lábios macios
Tua boca, formato perfeito
Vi a doçura em teu sorriso
Em teu olhar, que doce, não deixa de ser quente
O mais temível olhar
O mais doce lábio
E das lágrimas passo a sonhar
Tudo desaparece
Somem lábios, boca e teu olhar...
Volto a minhas lágrimas
que percebem o que há
bardo - muito tempo atrás
Tua boca, formato perfeito
Vi a doçura em teu sorriso
Em teu olhar, que doce, não deixa de ser quente
O mais temível olhar
O mais doce lábio
E das lágrimas passo a sonhar
Tudo desaparece
Somem lábios, boca e teu olhar...
Volto a minhas lágrimas
que percebem o que há
bardo - muito tempo atrás
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Palavras perdidas
É quando eu escrevo
Quando perco-me entre as mesas
Quando perco-me
Noites perdidas por alguém perdido
Gosto disso, seria hipocrisia
Além, alguém, algum mundo
Entre as mesas esbarradas
Nas sarjetas de depois
Onde nada sou e não há dois
Tento outra hora, mas é tarde
Grito vivas a liberdade
Nada além, alguém, algo que escuto
Mas já é tarde e ela se foi
Poesia perdida, palavras da vida
bardo
Quando perco-me entre as mesas
Quando perco-me
Noites perdidas por alguém perdido
Gosto disso, seria hipocrisia
Além, alguém, algum mundo
Entre as mesas esbarradas
Nas sarjetas de depois
Onde nada sou e não há dois
Tento outra hora, mas é tarde
Grito vivas a liberdade
Nada além, alguém, algo que escuto
Mas já é tarde e ela se foi
Poesia perdida, palavras da vida
bardo
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Manhã cinza
Nesta manhã cinza de chuva fria
Alguma coisa se ascende
Nada além desta cinza quente
Alguns troncos retorcidos
O chão molhado pelo orvalho
Nada além de um cigarro
Noites mal dormidas, mal resolvidas
Mundo que me espera
E eu a espera do mundo
Nesta manhã fria, de chuva fria
Nesta umidade sombria de algum brilho
Algo em mim se ascende
Algo me paralisa e me movimenta
Nesta manhã, mais uma manhã
Algo me chama às chamas
Apagadas por este vento
bardo, 06 de Agosto de 2008, acordando
Alguma coisa se ascende
Nada além desta cinza quente
Alguns troncos retorcidos
O chão molhado pelo orvalho
Nada além de um cigarro
Noites mal dormidas, mal resolvidas
Mundo que me espera
E eu a espera do mundo
Nesta manhã fria, de chuva fria
Nesta umidade sombria de algum brilho
Algo em mim se ascende
Algo me paralisa e me movimenta
Nesta manhã, mais uma manhã
Algo me chama às chamas
Apagadas por este vento
bardo, 06 de Agosto de 2008, acordando
terça-feira, 11 de maio de 2010
Chamas
Há muito tempo
Séculos atrás
Vendi minha alma ao diabo
Como prêmio
Ganhei o inferno
Do frio
Da consciência do frio
Da previsão do frio
Da chuva
Do doer
Passei a sentir a dor
Tomar consciência da dor
A inexistência do amor
Descobri-me um egoísta
O pior deles, igual a todos
Prevendo meu egoísmo
Consciente de sua existência
Com o peso que traz
A consciência da coisa
Ainda não sei
Se fiz bom negócio
Preferia eu o ócio
Justamente o que não tenho
E o que não tenho, quero
Desejo
Desprezo
Por mim mesmo
Mas os dias passam
E nada é tão ruim
Que não possa piorar
Nem Sol, nem mar
Nem chuva de verão
Nem choro, nem dor
Nem felicidade ou amor
Nem fé, nem ciência
Conhecer, conhecer
Até morrer
E morre-se sem destreza alguma
Morre-se pelo que não se tem
Ou pela consciência do que se tem
Ou não tem
Ou terá
Ou será
Morre-se antecipadamente
Pela previsão da morte
Que assombra a vida
Sombra da vida
À sombra de um bosque
Que vive e morre
E morde-se em chamas
E sente-se o fogo
E não se foge
Porque não há onde
Em tudo, chamas
Que ardem conscientes
Em nossa consciência
bardo, 24 de Setembro de 2008 - Madrugada
Séculos atrás
Vendi minha alma ao diabo
Como prêmio
Ganhei o inferno
Do frio
Da consciência do frio
Da previsão do frio
Da chuva
Do doer
Passei a sentir a dor
Tomar consciência da dor
A inexistência do amor
Descobri-me um egoísta
O pior deles, igual a todos
Prevendo meu egoísmo
Consciente de sua existência
Com o peso que traz
A consciência da coisa
Ainda não sei
Se fiz bom negócio
Preferia eu o ócio
Justamente o que não tenho
E o que não tenho, quero
Desejo
Desprezo
Por mim mesmo
Mas os dias passam
E nada é tão ruim
Que não possa piorar
Nem Sol, nem mar
Nem chuva de verão
Nem choro, nem dor
Nem felicidade ou amor
Nem fé, nem ciência
Conhecer, conhecer
Até morrer
E morre-se sem destreza alguma
Morre-se pelo que não se tem
Ou pela consciência do que se tem
Ou não tem
Ou terá
Ou será
Morre-se antecipadamente
Pela previsão da morte
Que assombra a vida
Sombra da vida
À sombra de um bosque
Que vive e morre
E morde-se em chamas
E sente-se o fogo
E não se foge
Porque não há onde
Em tudo, chamas
Que ardem conscientes
Em nossa consciência
bardo, 24 de Setembro de 2008 - Madrugada
domingo, 9 de maio de 2010
Conveniência
Atrás de uma nova mentira
Uma ilusão conveniente
Mudam-se as roupas, as cores
Mas nada muda
Nem suas lágrimas
Que continuam escondidas
Teu grito calado continua mudo
Muda-se a peça, e os atores
A nova ilusão dos aplausos
Que com o tempo se vão
Eu e o meu amor tão vãos
Mudam-se as luzes, a música
E você molda-se a elas
Como se fossem suas
Mas sua, permanece só a sombra
Que você oculta
Passa-se o tempo e muda a temperatura
E nesse tempo você perde altura
Na fuga de tua alma, de teus traumas
Que com você seguem
Acabam-se os aplausos
E você está novamente nua
Às luzes das mesmas ruas
Que você tanto tentou evitar
Insistente tua alma te persegue
(Pois é tua)
Com fantasmas que desconhece
Mas que a assombram mesmo assim
E eu deste morro observo tua corrida
Teu vai e vem
Nas minhas lágrimas que são tuas
E que não consigo evitar
Como não se evita a alma
Que continua baixinho a chorar
bardo
Uma ilusão conveniente
Mudam-se as roupas, as cores
Mas nada muda
Nem suas lágrimas
Que continuam escondidas
Teu grito calado continua mudo
Muda-se a peça, e os atores
A nova ilusão dos aplausos
Que com o tempo se vão
Eu e o meu amor tão vãos
Mudam-se as luzes, a música
E você molda-se a elas
Como se fossem suas
Mas sua, permanece só a sombra
Que você oculta
Passa-se o tempo e muda a temperatura
E nesse tempo você perde altura
Na fuga de tua alma, de teus traumas
Que com você seguem
Acabam-se os aplausos
E você está novamente nua
Às luzes das mesmas ruas
Que você tanto tentou evitar
Insistente tua alma te persegue
(Pois é tua)
Com fantasmas que desconhece
Mas que a assombram mesmo assim
E eu deste morro observo tua corrida
Teu vai e vem
Nas minhas lágrimas que são tuas
E que não consigo evitar
Como não se evita a alma
Que continua baixinho a chorar
bardo
sábado, 8 de maio de 2010
Pensei...
Depois daquele beijo
Estava tudo resolvido
Pensava eu
Mas não há tempo
E há um mundo a ser resolvido
E você escolhe a cerveja
A mesa, onde sentar
Longe de mim
Passa seu olhar
Até que não me olha mais
Depois daquele beijo
Pensei tê-la encontrado
Mas você perdeu-se no que comer
Onde estar, com quem falar
Então me perdi
Era apenas um beijo
Estava tudo resolvido
Pensava eu
Mas não há tempo
E há um mundo a ser resolvido
E você escolhe a cerveja
A mesa, onde sentar
Longe de mim
Passa seu olhar
Até que não me olha mais
Depois daquele beijo
Pensei tê-la encontrado
Mas você perdeu-se no que comer
Onde estar, com quem falar
Então me perdi
Era apenas um beijo
terça-feira, 4 de maio de 2010
Esquecimento
Foi tão fácil me esquecer
Eu que nada esqueço
O vento não me leva
Tua pele, se foi
A dor, ficou
Foi tão fácil esquecer que me amou
Palavras que acreditei
Palavras que o vento me soprou
Que teus lábios sussurraram
E nelas sonhei
Foi tão fácil me deixar
Aqui, sozinho
Sem palavras, ao vento
Sem te deixar e nem partir
Não é nada fácil deixar de sentir
Eu que nada esqueço
O vento não me leva
Tua pele, se foi
A dor, ficou
Foi tão fácil esquecer que me amou
Palavras que acreditei
Palavras que o vento me soprou
Que teus lábios sussurraram
E nelas sonhei
Foi tão fácil me deixar
Aqui, sozinho
Sem palavras, ao vento
Sem te deixar e nem partir
Não é nada fácil deixar de sentir
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Nuvens despedaçadas
Após mais uma madrugada
Mais uma em minha vida
Embalada pelo álcool
E pela tristeza dos sorrisos vazios
Surgiram os raios de um Sol invisível
Com cores de brilho sem som
As nuvens esparsas
Num vento que não passava por mim
Mas era possível sentir
Parece que foi ontem
Aquele entardecer azul-rosa-laranja
Quando parei meu carro
E acendi um cigarro
Como agora, me perco
Em meio a estas nuvens e lágrimas
As nuvens despedaçam-se neste céu
Como teu sorriso e olhar
Despeçam meu coração
bardo - 19 de Fevereiro de 2010
Mais uma em minha vida
Embalada pelo álcool
E pela tristeza dos sorrisos vazios
Surgiram os raios de um Sol invisível
Com cores de brilho sem som
As nuvens esparsas
Num vento que não passava por mim
Mas era possível sentir
Parece que foi ontem
Aquele entardecer azul-rosa-laranja
Quando parei meu carro
E acendi um cigarro
Como agora, me perco
Em meio a estas nuvens e lágrimas
As nuvens despedaçam-se neste céu
Como teu sorriso e olhar
Despeçam meu coração
bardo - 19 de Fevereiro de 2010
domingo, 2 de maio de 2010
Alguns dias
Você acorda
Um dia ensolarado se apresenta
Um sorriso no espelho
Faz a barba
Lava a louça
Varre a sala
Paga suas dívidas
Coloca sua melhor roupa
Leva seu carro para lavar
O abastece
Marca cortar o cabelo
Passam-se os dias
O combustível acaba
O carro está sujo
Suas roupas em frangalhos
Trapos que conseguiu vestir
Contas vencendo
Um cachorro dorme em sua cama
No chão da sala só poeira
A pilha de louça anuncia
Barba que você não consegue fazer
Não é possível encarar o espelho
Chove lá fora
Não há movimento em você
A sujeira da sala não se vai
Por mais fortes que sejam as vassouradas
Por mais detergente que é posto na água
Seu lençol está em pedaços
Nem há mais nada
Barba, carro, contas
Lá está sua alma
Que olha para as lágrimas do dia
Que não amanhece
Lá esta sua alma a ser observada
Na manhã errada
Onde não há mais nada
O telefone toca insistente
Sua alma não atende
Por que não pode compreender
Seu combustível acaba
Não há energia nesse mundo
Para lhe abastecer
De vida...
bardo - 29/04/2008
Um dia ensolarado se apresenta
Um sorriso no espelho
Faz a barba
Lava a louça
Varre a sala
Paga suas dívidas
Coloca sua melhor roupa
Leva seu carro para lavar
O abastece
Marca cortar o cabelo
Passam-se os dias
O combustível acaba
O carro está sujo
Suas roupas em frangalhos
Trapos que conseguiu vestir
Contas vencendo
Um cachorro dorme em sua cama
No chão da sala só poeira
A pilha de louça anuncia
Barba que você não consegue fazer
Não é possível encarar o espelho
Chove lá fora
Não há movimento em você
A sujeira da sala não se vai
Por mais fortes que sejam as vassouradas
Por mais detergente que é posto na água
Seu lençol está em pedaços
Nem há mais nada
Barba, carro, contas
Lá está sua alma
Que olha para as lágrimas do dia
Que não amanhece
Lá esta sua alma a ser observada
Na manhã errada
Onde não há mais nada
O telefone toca insistente
Sua alma não atende
Por que não pode compreender
Seu combustível acaba
Não há energia nesse mundo
Para lhe abastecer
De vida...
bardo - 29/04/2008
sábado, 1 de maio de 2010
Sem encontrar
Estranho
Eu já me sinto
Como um velho amigo
Que aguarda um não sei o quê
E não sabe onde
Mas sei porquê
É estranho
Mas teu beijo é meu
Como um novo beijo
Que sempre se quer
em beijos
É estranho
Te amar assim
Mas não pergunte
Como pode-se amar
Que leis fazem sentido
Estranho
Nada faz sentido
Já não me importo
Arrisco tudo
em você
bardo - manhã de 25 de Março de 2010, a melhor manhã
Eu já me sinto
Como um velho amigo
Que aguarda um não sei o quê
E não sabe onde
Mas sei porquê
É estranho
Mas teu beijo é meu
Como um novo beijo
Que sempre se quer
em beijos
É estranho
Te amar assim
Mas não pergunte
Como pode-se amar
Que leis fazem sentido
Estranho
Nada faz sentido
Já não me importo
Arrisco tudo
em você
bardo - manhã de 25 de Março de 2010, a melhor manhã
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