terça-feira, 27 de abril de 2010

Fragilidade

Uma fragilidade explícita
Nos olhos daquela mulher
Meus olhos lembrando os dela
As lágrimas não puderam conter
O movimento exitante, trêmulo
De seus lábios, suas mãos
Uma história triste no coração
Sua voz que mal acreditava em si
Na minha velocidade mal ouvi
Uma sombra, onde tantos passavam
Um recolhimento em um mundo
Inacessível a quase todos
De pouco interesse, que passavam
Restou-me a pergunta
De aparência absurda
Toda saúde, exercícios, afins
Alimentação saudável ou não
Parafernálias tecnológicas perfeitas
Toda beleza de flores, pássaros
Colisões colossais de estrelas
Toda certeza da liberdade
Dos carros, bicicletas
Estradas sem fim
Modernidade ultrapassada pela velocidade
Esse Universo todo, dos átomos
Aos sorrisos e lágrimas
A existência de ser e ter
Com a soma de tudo
Em mim, em você, em todos
Valem a pena
Tendo conhecido lá,
a tristeza no olhar daquela mulher

bardo - 21 de Outubro de 2009.

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